Como ler um mapa-múndi com pouco dinheiro. Viajando para um lugar amigável
Dá uma lida no post anterior! Lá começa minha história com o mapa-múndi! Depois volta aqui, pra gente continuar conversando.

O mapa-múndi é grande, um pedaço de papel com continentes, países, cidades, bairros, vilarejos. Uma abstração impalpável. Em qual lugar eu iria passar meu ano-mudança-de-vida? Bolei alguns princípios para nortear minha busca. Olhava o mapa com pelo menos quatro características em foco.
- Teria que ser um lugar que quisesse bem receber os estrangeiros, um lugar com uma população alegre e afável;
- Deveria ser um lugar calmo, com boa qualidade de vida, sem a pressa dos grandes centros urbanos;
- Um lugar que deveria ter uma vasta exuberância natural, com praias para surf e espaços verdes para eu treinar minhas corridas;
- Lógico, não poderia ser um lugar caro, eu não teria condições financeiras para a tão sonhada estadia de um ano;
Até poderia enfrentar uma grande burocracia para entrar no país, só não queria, de maneira alguma, me sentir indesejado. Nada pode ser pior que estar fora de casa passando por maus tratos. Um ano de perrengue, dentro de uma comunidade que não convive bem com estrangeiros, seria uma péssima experiência.
Lugares muito badalados, tais como Londres, Paris, Berlim, Nova Iorque, exaltados pelo turismo mais conservador, dentro de uma rota já bastante conhecida pelo Ocidente, não me atraiam. Além do mais, essas metrópoles costumam ser caras. No mais, não queria fazer turismo, estava procurando um bom caminho para continuar minha vida. Um caminho que, ainda que com pedras, pudesse me oferecer uma vida mais saudável e alegre.
Esse lugar tinha que ter um índice de desenvolvimento humano (IDH) ao menos mediano. A grande felicidade é a que toca toda uma comunidade, nesse sentido, é impossível ser feliz sozinho. Isso quer dizer que gostaria de passar um ano morando em lugar que, longe das ostentações das grandes cidades, conseguisse dar a sua população uma vida digna. Saúde, educação e alimentação adequadas ao desenvolvimento humano. Queria ver as pessoas vivendo bem, com suas necessidades básicas minimamente organizadas. Esse cenário, infelizmente, o Brasil não me mostrou.

Austrália foi minha primeira opção. Adelaide e Melbourne, lindos Estados australianos com alto IDH, praias para um surf radical, com acesso aos “benefícios” da cidade grande. Além do mais, eram localidades, que apesar de grande extensão, eram relativamente calmas, com possibilidade de estudo e trabalho para estrangeiros, dentro das normas locais.
Contudo, eram lugares com o custo de vida muito alto para os padrões de minha simples existência monetária. Por mais que tentasse, não alcançaria o sonho de morar um ano fora do meu país, procurando minha nova vida, ou melhor, minha nova forma de caminhar na vida.
Comecei a considerar a Ásia, o sudeste asiático, para ser mais preciso. Era um local perto da Austrália, tinha países de grande exuberância natural, o que me encantava enormemente. As culturas eram bem diferentes das Ocidentais, tudo parecia muito instigante. Afinal de contas, a Ásia é bem mais vivida que o Antigo Continente. Esse peso histórico só podia trazer uma experiência cultural distintiva.
Foi a partir de um site de comparação de custos de vida entre cidades ao redor do mundo que notei o quanto os países asiáticos pareciam financeiramente convidativos. Daí deu match! Após muito observar o mapa asiático, me apaixonei pela Indonésia, em especial a Ilha de Bali, o lugar mágico, de todos os meus sonhos.
Você já sonhou com Bali? Tem alguma curiosidade? Deixa aqui, nos comentários!
